- José Osterno
MAIAKÓVSKI

No dia de sua morte,
A manchete
dos jornais russos
talvez
tenha sido:
‘Morreu o poeta
Vladímir Maiakóvski.
A poesia também,
Um tanto’.
Afinal,
Quem escreve versos como:
“Eu apenas quero um veneno:
Embebedar-me de versos”
(de A flauta-vértebra).
Ou
“E se chaminés
Me faltam
Talvez
Sem chaminés
Seja preciso
Ainda mais coragem”
(de O poeta-operário).
Alguém assim
Não morre.
E se morre,
Não morre
Para sempre.
José Osterno Campos de Araújo
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