- José Osterno
POEMAS DA FILHA E DO PAI

POEMA DA FILHA – Ana Carolina Ribeiro de Araújo Suguri, Poeta e advogada.
POEMA DO SEMEADOR
Sempre acreditei, piamente,
Naquela frase que diz
Que a gente colhe
O que a gente planta.
Até começar a dar errado.
Porque, Senhor, veja bem...
Eu não me lembro de ter
Semeado merda.
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POEMA DO PAI – o poema que segue foi escrito em março de 1988. Eu e Carmen não quisemos, antes do parto, saber o sexo do bebê. Então, em novembro de 1988, chegou nossa amada Carol, que, com sua irmã Gabi, de janeiro de 1992, são nossos preciosos presentes de Deus.
MEU FILHO ESCREVE POEMAS
NO ÚTERO DA MÃE
Porque o Pai ama o Filho
JO 5, 20
Meu filho escreve poemas
No útero da mãe.
Meu filho escreve
Sobre um mundo esférico
De homens não nascidos.
Sem palavras, meu filho
Escreve o poema do alimento
Que lhe vem à boca,
Do sangue que pulsa
Em seu quase peito.
Meu filho não tem idade (ainda),
Não sabe (ainda) que o poema
É do filho, que o filho
É do pai, que o pai
É do tempo (ainda).