- José Osterno
POEMAS DE MINHA FILHA
Atualizado: 4 de Mai de 2020
QUATRO POEMAS de minha filha, Ana Carolina Ribeiro de Araújo Suguri, Poeta e Advogada, que escreve poemas, desde o ventre da mãe:

A MIM, CAROLINA
Um brinde a nós, desafortunados!
Um brinde aos amores perdidos, aos amores esquecidos, aos amores menosprezados!
Um brinde a todos os brindes!
Ao álcool, aos prazeres baratos, e às noites de lua cheia.
A um passado de nostalgias e a um futuro nada promissor.
A mim, a você.
E a mim de novo.
AOS FORTES
Linhas conturbadas com palavras sem sentido.
Pensamentos perdidos atados a um pedaço de papel.
Ideias soltas sem conexão.
Palavras jogadas ao vento.
Aos fracos, a ignorância.
Aos fortes, a Poesia.
INDAGAÇÃO INFANTIL
Menino - Poeta, por que tens fome?
Poeta - Menino, porque meus poemas não são suficientes para me dar sustento.
Menino - Poeta, por que tens frio?
Poeta - Menino, porque meus poemas não são suficientes para me dar vestes.
Menino - Poeta, por que não tens casa?
Poeta - Menino, porque meus poemas não são suficientes para me dar guarida.
Menino – Poeta, então por que não para de escrever poemas?
Poeta - Porque menino... odiaria viver na escuridão.
INCÓGNITA
Sou fugaz como a felicidade
Sou prazerosa como uma brisa que adentra a janela em uma tarde de verão
Sou passageira como o tempo e as horas de um relógio
Sou apenas eu, ou posso ser você
Sou, e apenas isso basta
Porque agora sou, e um dia... simplesmente
não serei mais.